Fraude em azeite de oliva: saiba mais!

Fraude em azeite de oliva: saiba mais!

 

Em meio aos elevados preços do azeite, é importante que os consumidores direcionem sua atenção para a qualidade do produto. Embora a tentação de optar por opções mais acessíveis seja compreensível, é essencial evitar a falsa economia ao adquirir azeites de baixa qualidade e evitar fraude em azeite ao comprar.

De acordo com dados do Ministério da Agricultura, o azeite de oliva figura entre os produtos alimentícios mais suscetíveis à fraude em escala global, ficando em segundo lugar somente atrás dos pescados. A prática mais comum envolve a adulteração por meio da mistura de óleo de soja com corantes e aromatizantes artificiais, simulando características autênticas do azeite de oliva.

 

Essas constatações destacam a urgência de medidas regulatórias e fiscalização eficazes para garantir a autenticidade e qualidade genuína do azeite de oliva disponível no mercado internacional. Consumidores devem estar atentos a essas práticas e buscar produtos de fontes confiáveis para assegurar uma escolha informada e legítima ao adquirir esse apreciado óleo.

 

Irregularidade em azeite

 

Além das fraudes, as irregularidades de classificação também representam um problema significativo no mercado de azeite de oliva, onde produtos são muitas vezes rotulados de forma inadequada, como a venda de azeite virgem como extravirgem.

Segundo informações do Ministério da Agricultura, surpreendentes 84% dos azeites de oliva importados, originalmente classificados como extravirgem, não atendem efetivamente a essa categoria. Diante desse cenário, o Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) lançou um manifesto para conscientizar sobre essa situação, ressaltando que o consumo de produtos que não alcançam os padrões esperados de qualidade e não proporcionam os benefícios à saúde desejados é uma questão de grande relevância.

 

Produtos Fraudulentos

 

Durante uma audiência pública realizada em agosto do último ano, no contexto da feira agropecuária Expointer em Esteio (RS), Paulo Gustavo Celso, representante do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, destacou a presença significativa de “propaganda fraudulenta” e produtos fraudulentos no mercado de azeite.

 

Ele ressaltou a necessidade de esclarecer a distinção entre o verdadeiro azeite de oliva e o óleo de bagaço de oliva, que frequentemente é comercializado de forma enganosa como azeite de oliva virgem ou mesmo extravirgem.

 

O alerta destaca a importância de conscientizar os consumidores sobre as práticas enganosas no setor, reforçando a necessidade de regulamentações mais rígidas para garantir a integridade e autenticidade dos produtos disponíveis no mercado.

 

Medidas tomadas nas fraude em azeite

 

O Ministério da Agricultura anunciou a retirada de 12 lotes de azeites de oliva do mercado, considerados impróprios para o consumo. Dez marcas de oito empresas estão envolvidas na apreensão, sendo os produtos encontrados em supermercados, centros de distribuição ou estabelecimentos envasilhadores.

 

A decisão foi baseada em análises laboratoriais oficiais que confirmaram a não conformidade dos produtos com os padrões de identidade e qualidade estabelecidos no Regulamento Técnico do Azeite de Oliva. Este documento estabelece critérios para a comercialização do óleo no país, visando criar um padrão de qualidade, classificação e rotulagem, com o intuito de prevenir fraudes e garantir a segurança da saúde pública.

 

Regulamentos específicos em azeite

 

É comum que os países tenham regulamentos específicos para garantir a qualidade e autenticidade dos alimentos, incluindo o azeite de oliva.

 

Geralmente, os regulamentos técnicos desse tipo abrangem aspectos como:

 

1. Classificação de Azeites: Definindo diferentes categorias de azeite com base em critérios como acidez, sabor, aroma e processamento.

    

2. Parâmetros de Qualidade: Estabelecendo limites para diferentes características, como acidez, peróxidos, absorvância na luz ultravioleta, entre outros.

    

3. Rotulagem: Especificando requisitos para a rotulagem de produtos, incluindo informações obrigatórias como origem, tipo de azeite, data de envase, etc.

    

4. Procedimentos de Controle: Estabelecendo diretrizes para garantir a conformidade dos produtos com os padrões estabelecidos, incluindo métodos de amostragem e análise.

 

A legislação relacionada ao azeite é importante para proteger os consumidores, garantindo que recebam produtos de qualidade e autenticidade adequadas.

 

Lotes retirados

 

Confira os lotes recolhidos:

 

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