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Histamina em pescados: Anvisa proíbe distribuição e comercialização de atum ralado
A presença de histamina fez com que a comercialização, distribuição e uso do atum ralado em óleo comestível com caldo vegetal, produzido pela empresa Cellier Alimentos, com prazo de validade de 08/05/2023 até 08/05/2025, fossem proibidos pela Anvisa. Adicionalmente, foi ordenada a retirada imediata do produto das prateleiras.
A medida foi publicada no dia 18/08, por meio da Resolução-RE nº 3.124, de 18 de agosto de 2023.
Sobre o caso
Após receber um comunicado do Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo (CVS-SP), a Anvisa foi informada acerca de um surto registrado nos Centros de Educação Infantil (CEIs) localizados em Campinas, no final do mês de julho de 2023. Esse surto foi associado ao consumo do referido alimento e apresentou sintomas condizentes com quadros de intoxicação alimentar causada pela presença de histamina.
A análise laboratorial conduzida pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) confirmou a presença de níveis superiores aos limites permitidos pela legislação sanitária na contaminação do produto.
Histamina: o que é?
A histamina pertence à classe das aminas biogênicas e é sintetizada a partir do aminoácido histidina, presente no tecido muscular de alguns pescados, como o atum.
Quando esses pescados são armazenados ou processados de forma inadequada, o metabolismo bacteriano promove a descarboxilação da histidina, podendo produzir quantidades excessivas de histamina. Quando ingerida, essa histamina pode desencadear reações adversas no corpo, resultando em sintomas como náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia e, em casos mais graves, tonturas e queda da pressão arterial.
Portanto, a presença de histamina em pescados é um indicativo de deterioração e pode ser um fator contribuinte para quadros de intoxicação alimentar.
Como evitar a presença de histamina em alimentos?
Evitar a produção de histamina nos alimentos é fundamental para garantir a segurança dos alimentos e proteção à saúde dos consumidores.
A histamina é uma substância química liberada naturalmente no corpo, mas quando consumida em níveis elevados através de alimentos com alto teor dessa substância, pode causar sérios problemas de saúde.
A aplicação das Boas Práticas de Fabricação e manutenção da cadeia do frio evitam que a histamina seja produzida através da atividade bacteriana. Portanto, o resfriamento dos pescados imediatamente após a captura e a manutenção da temperatura entre 0 e 4ºC durante a vida útil do alimento seriam suficientes para essa prevenção.
Aqui estão algumas razões pelas quais é importante prevenir a intoxicação por histamina em alimentos:
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Saúde do Consumidor: A ingestão de alimentos com altos níveis de histamina pode causar uma série de sintomas desagradáveis, como náuseas, vômitos, diarreia, dores abdominais, urticária, tonturas e, em casos extremos, queda da pressão arterial. Evitar a exposição a esses alimentos é essencial para evitar o desconforto e riscos à saúde dos consumidores.
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Segurança Alimentar: Alimentos contaminados com altos níveis de histamina são um indicativo de que houve deterioração bacteriana ou condições inadequadas de armazenamento e processamento. Isso ressalta a importância de manter padrões rigorosos de higiene e segurança alimentar em todas as etapas da cadeia de produção e distribuição de alimentos.
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Prevenção de Surto: A ingestão de alimentos contaminados com histamina pode causar surtos de intoxicação alimentar, afetando várias pessoas ao mesmo tempo. Isso pode ter implicações sérias para a saúde pública e pode levar a investigações, recalls de produtos e danos à reputação de empresas alimentícias.
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Conscientização e Educação: Ao entender os riscos associados à intoxicação por histamina, os consumidores podem tomar decisões mais informadas ao escolher alimentos, bem como praticar medidas adequadas de armazenamento e manipulação em casa.
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Regulamentação e Indústria Alimentícia: A prevenção da intoxicação por histamina incentiva a indústria alimentícia a aderir a regulamentações mais rigorosas de segurança alimentar, garantindo que os produtos colocados no mercado atendam aos padrões de qualidade e não representem riscos à saúde dos consumidores.
Em resumo, evitar a produção de histamina em alimentos é crucial para proteção a saúde, promover a segurança dos alimentos e manter a confiança dos consumidores na cadeia de abastecimento. Isso requer esforços coordenados em todas as etapas da produção, distribuição e consumo de alimentos.
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